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Foto e biografia:

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LUIS MENDIZABAL SANTA CRUZ

( Bolívia )

 

MENDIZÁBAL SANTA CRUZ, Luis (Oruro, Bolívia, 1907 – La Paz, Bolívia, 1946).- Poeta e jornalista.
Autodidata, participou da Guerra do Chaco. Professora de Letras da Escola Normal de Sucre. Como jornalista em Oruro dirigiu 'La Patria' e mais tarde fundou 'Noticias'; em La Paz esteve ligado a 'El Diario' e 'La Noche'.
Porfirio Díaz Machicao resume a vida e obra do autor: "Extraordinariamente sensível. Boêmio. Poeta, sempre poeta. Assistiu à Guerra do Chaco, forte, como o melhor dos atletas. Viveu em um mundo desesperado e sombrio que queria qualificar com a ironia de suas crônicas jornalísticas. Não aguentou mais e tirou a própria vida".
Gustavo Medinaceli, por sua vez, logo após a morte do poeta, expressou: "Mendizábal Santa Cruz morreu sem motivo como uma criança que brinca de cair, porque sabia que a morte é hereditária, sempre nasceu com ela, a carregou dentro de si , era congênito para ele. Ele sabia que a morte era hereditária e que também é inútil".
O poema intitulado 'Tin' diz: "A entrada da mina engole homens, / mais homens, muitos homens. / A boca negra que de dentes verdes, / veia e veia, / esmaga os pulmões fracos / dos mineiros fortes. / Um queimador de sebo. Coca. / O cansaço transborda dos olhos. / Mas não importa. Dentro de casa! / Perfure a escuridão. E a rocha / e também perfurar a própria vida / Entre o guincho de ferros e gargantas".

Poesia : Sulcos do sol (1930); Flare (1937).

 

TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS

 

BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesia boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.  13,5x19 cm. 
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

ESTAÑO

La bocamina se traga hombres,
mis hombres, muchos hombres.
La boca negra que con dientes verdes,
De filón y de veta,
Tritura los débiles pulmones
De los mineros fuertes.

Un mechero de sebo.  Coca.
El cansancio rebalsa de los ojos.
Pero no importa. ¡Adentro!
Perforar la tiniebla. Y la roca
Y perforar también la propia vida
Entre chirriar de hierros y gargantas.

Después…
Estaño. Más estaño. Mucho estaño.
Para que Mister Jackson y Miss Mabel
Vayan a Yanquilandia.
A bailar en los Clubes de treinta pisos
Y beber whisky en tasas de café.


SOMBRAS

Es una enfermedad de indiferencia
la que agobia mis tristes soledades.
Se presenta en mi vida con frecuencia
bajo distintos climas y ciudades.

Me bebo la fragancia del paisaje
evaporando mi alma en fantasías.
Y hallo al final de mi peregrinaje
siempre las mismas cosas de otros días.

Y me doy en nostalgias musicales,
en poemas, perfumes y canciones.
El darse así remedia nuestros males
esparciendo cenizas de ilusiones.

Después ya no florecen más auroras,
en la propia emoción hay un suicidio
cuando estrangula mis mejores horas
la maligna serpiente del fastidio.

Vuelven a mi las sombras inquietantes
estrujando con fiebre de placeres
mi corazón cuajado de diamantes,
que son lejanos nombres de mujeres.

A veces un flechazo de esperanza
enciende en mi alma su dorada lumbre.
Pero el corcel del tedio no se cansa
de galopar tu vieja pesadumbre.

Mi amarga enfermedad de indiferencia
en labios tropicales la he sentido.
Hoy queda solamente la evidencia
de los que pudo ser sin haber sido.

Y lo que podrá ser, lo siento extraño
como algo que se espera inútilmente.
No quiero más sufrir el hondo daño
de sentir sed en medio de la fuente.

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

ESTANHO

A boca da mina traga homens,
meus homens, muitos homens.
A boca negra que com dentes verdes,
De filão e de veto,
Tritura os débeis pulmões
Dos mineiros fortes.

Um isqueiro de sebo.  Coca.
O cansaço transborda dos olhos.
Mas não importa. Para dentro!
Perfurar as trevas. E a rocha
E perfurar também a própria vida
Entre ranger de ferros e gargantas.

Depois…
Estanho. Mais estanho. Muito estanho.
Para que Mister Jackson e Miss Mabel
Viajem a Yanquilândia.
A bailar nos Clubes de trinta andares
E beber whisky em taças de café.


SOMBRAS

É uma enfermidade de indiferença
a que oprime minhas tristes soledades.
Se apresenta em minha vida com frequência
sob diferentes climas e cidades.

Eu bebo a fragrância da paisagem
evaporando minha alma em fantasias.
E encontro ao final de minha peregrinação
sempre as mesmas coisas de outros dias.

E me dou em nostalgias musicais,
em poemas, perfumes e canções.
O dar-se assim remedia nossos males
esparzindo cinzas de ilusões.

Después já não florescem mais alvoradas,
na própria emoção existe um suicídio
quando estrangula minhas melhores horas
a maligna serpente do fastígio.

Regressam a mim as sombras inquietantes
apertando com febre de prazeres
meu coração coagulado de diamantes,
que são distantes nomes de mulheres.

Às vezes um flechaço de esperança
acende em minha alma sua dourada luminosidade.
Mas o corcel do tédio não se cansa
de galopar teu velho pesar.

Minha amarga enfermidade de indiferença
em lábios tropicais eu a senti.
Hoje resta somente a evidência
dos que puderam ser sem haver sido.

E o que poderá ser, sinto-o estranho
como algo que se espera inutilmente.
Não quero mais sofrer o dano profundo
de sentir sede no meio de uma fonte.

 

 

*

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Página publicada em julho de 2022


 

 

 
 
 
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